Já ouviu falar em marketing de permissão?

01 julho, 2022
Até hoje, você liga o rádio ou a TV e, entre um bloco e outro, você recebe os anúncios dos patrocinadores do programa. Sejam eles bons ou muito ruins, todas estas propagandas têm algo em comum: a única forma de fugir deles é mudando o canal ou a estação. Isso porque, nesse formato, somente o marketing de interrupção é possível, não o marketing de permissão.
Mas o que é esse tal de marketing de permissão?
Definido em 1999 por Seth Godin no livro de mesmo nome, o conceito de Marketing de Permissão é anterior ao iPhone, ao Spotify, ao Instagram e à Netflix, mas fica mais atual a cada dia. Quer saber por que?
O consumidor evoluiu, e as mídias também evoluíram. Se você assistiu ao filme “A Rede Social”, de 2010, deve se lembrar de uma cena na qual Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin discutem como monetizar a plataforma por meio de anúncios. Zuckerberg é bem claro ao dizer que não quer anúncios que interrompam a experiência do consumidor, e a gente pode dizer que essa decisão foi um fator decisivo no sucesso da rede.
E a verdade é uma só: anúncios de meio de programação, que não pedem pra aparecer, mesmo que bem feitos, são um incômodo. Tanto que hoje os anúncios são inclusive usados para vender a você uma versão paga e sem anúncios de uma plataforma, como acontece no Spotify e Youtube.
E, num mundo onde cada vez menos pessoas assistem à TV aberta e, na internet, são raríssimos os anúncios que você não consegue pular. Dessa forma, o marketing de permissão entra como a solução para diversas marcas, inclusive a sua.
“Tudo o que você sabe sobre marketing está errado”
Essa afirmação é uma das frases mais fortes do livro já citado há alguns parágrafos. Com ela, Godin declara que, para que as marcas continuem relevantes, é preciso trazer conteúdo relevante ao invés de ficar apenas interrompendo o cliente para oferecer um produto ou serviço.
Hoje, mais de 20 anos depois do lançamento dessa obra, muitas marcas ainda não perceberam essa realidade. Pode ser demais afirmar que o marketing de interrupção está com os dias contados, mas definitivamente ele não tem a mesma importância do passado.
Tome o exemplo da Netflix: um espaço “livre de anúncios” no qual as pessoas podem ver seus filmes e séries venceu facilmente a batalha contra concorrentes que apostavam no formato tradicional. E, além disso, ainda jogou na cara dos descontentes a seguinte verdade: se o seu cliente puder fugir de um anúncio que interrompa uma boa experiência, ele não pensará duas vezes.
Por isso, o marketing de permissão nunca foi tão necessário.
Como investir em marketing de permissão?
Você tem uma página na internet, posta conteúdo da sua marca, interage com o público e leva conteúdo relevante sem tentar vender algo a cada segundo? Se respondeu sim, você já está investindo em marketing de permissão, só não sabia que ele tinha esse nome.
E, já que estamos falando de falar com pessoas, uma regra é muito importante: frequência constrói confiança, e a confiança facilita a compra.
Os 5 níveis de permissão
Você não chega convidando a turma nova do futebol para a sua casa no seu primeiro dia jogando com eles, então é de se esperar que a relação de uma marca com um possível cliente não comece na venda, principalmente se o assunto é marketing de permissão.
A permissão acontece em níveis, e eles são 5:
1 – Chamadas genéricas sobre questões universais
Vamos pensar em uma empresa de aluguel de máquinas para a indústria. Neste caso, o ponto central a se levar em consideração ao se falar com um cliente é algo como: “Sabia que alugar pode ficar muito mais barato no longo prazo do que comprar? Dessa forma, você diminui impostos, ativos fixos e tem as manutenções e consertos previstos em contrato”.
2 – Aumento do horizonte de consciência
Depois de um início sucinto e claro, você amplia o horizonte: O quanto o cliente terá de economia real? Como alugar? Quem pode alugar? Respondendo estas dúvidas e todas as outras que surgirem, você pavimenta a estrada para mais vendas.
3 – Criação de comunidade
Os seus clientes e leads mais qualificados, de forma natural, começarão a defender os benefícios da sua solução e colocarão a sua marca nas discussões sobre o assunto. E, como se sabe desde muito antes do marketing de permissão: indicação é meia venda.
4 – Elementos de identidade
Os equipamentos alugados levam o logo da locadora, e os clientes da empresa carregam o orgulho de falar sobre a economia conquistada, ainda mais quando você se torna um verdadeiro parceiro do cliente. Tudo isso pode ser usado por você como uma forma de chegar a mais pessoas.
5 – Reforma espiritual
Depois de todo esse processo, a pessoa já não sabe como vivia antes de conhecer a sua solução. Como você deve imaginar, esse estágio é mais difícil de conseguir, mas não é impossível. Mantendo a constância agora na forma de pós-venda, você conquistará a fidelidade do cliente de uma maneira que somente o marketing de permissão torna possível.
Conclusão
Em outras palavras, marketing de permissão é o que transforma os segundos que o cliente passa vendo o seu conteúdo em anos de relacionamento.
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