O que significa humanizar a marca? Entenda a cultura do P2P
15 abril, 2022
Você já deve ter ouvido falar sobre o conceito de “humanizar a marca”. Mas até algum tempo atrás, pouca gente via a necessidade de implantar uma cultura de marca voltada para as pessoas.
Em meados de 2010, por exemplo, quando o Facebook se tornou uma rede popular entre os brasileiros, algumas marcas daqui iniciaram a construção de suas “páginas” corporativas. E só se falava nisso: vender pelas redes sociais. Parecia incrível! Era a matemática mais pura e simples: número de seguidores, número de curtidas nos posts e, claro, de comentários nas publicações.
Se passaram 12 anos e o cenário mudou. Bastante. O número de usuários conectados cresceu em proporções gigantescas, as plataformas mudaram seus algoritmos e os canais digitais se multiplicaram! Com mais opções, a atenção do consumidor foi “pulverizada”. Um clique de curtida não significava mais que aquela pessoa leu seu conteúdo ou notou seu produto.
Por isso, conquistar pessoas engajadas tornou-se mais importante que obter um alto número de seguidores. Em outras palavras, a quantidade de clientes que se envolvem com seu conteúdo e compram com frequência da sua marca. Será que o jogo virou contra a matemática?
A ciência de humanizar a marca
Como o próprio nome já diz, esta não é uma ciência exata. Ou seja, conquistar seguidores ativos e fãs da sua marca exige estudo, tempo e atenção às pessoas. É um trabalho constante de observação dos hábitos, comportamentos, preferências e jeitos de interagir do público com sua empresa, sejam eles clientes ou não.
Esta é a base da cultura P2P. A sigla deriva do termo em inglês People-To-People, ou seja, pessoas para pessoas. Resumindo, o conceito retrata a ideia de que os negócios mais eficientes são aqueles feitos POR pessoas PARA pessoas. De fato, por trás da empresa e da marca que oferece aquele produto ou serviço, existem pessoas. E todas as variáveis que as envolvem vão muito além da matemática ou da estatística.
Por exemplo: se antes, os principais dados que precisávamos saber para vender algum produto ou serviço era o gênero e a renda familiar do target, agora é preciso ir a fundo para identificar todos os fatores humanos que envolvem o universo dessa pessoa. O que ela sente em relação à empresa? Como ela divulga uma informação importante em sua rede? O que ela gosta? Com o que se preocupa?
Em outras palavras, a marca precisa se tornar mais humana, mais próxima, mais preocupada com as pessoas. Daí também nasceu a ideia de persona: uma forma de “personificar” o consumidor ideal para entendê-lo melhor, identificar quais desafios ele enfrenta e como a marca pode ajudá-lo a criar novas soluções.
Humana em todos os sentidos
Para que a marca, de fato, se aproxime de seu cliente e se torne mais humana, essas características devem estar presentes em todos seus pontos de contato. Isso inclui todas as mídias e os diferentes públicos com que a marca mantém relacionamento: parceiros, fornecedores, colaboradores e comunidade.
Por isso, em muitas estratégias de rebranding ou posicionamento, acontece a avaliação e a definição de uma personalidade exclusiva da marca – seu tom de voz, postura e linguagem. Isso ajuda a guiar a comunicação nas conversas da empresa com suas personas.
Uma cultura que veio pra ficar
Humanizar a marca já é uma necessidade. Quanto mais conectados estamos, mais existe a obrigação de entender, respeitar e incluir o outro em uma conversa envolvente e interessante para ambos. Não mais de empresa para pessoas, mas de pessoas para pessoas.
E quando evidenciamos nossa humanidade, é impossível não se expor. Portanto, cuide bem dos valores, da visão e da maneira como sua marca trata e se comunica com todas as pessoas. A cultura do P2P chegou para reinventar a forma como fazemos marketing e negócios. E ela não dá sinal algum de que vai embora logo. 😉
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